Que Horas Ela Volta? vai representar o Brasil no Oscar 2016

O filme Que Horas Ela Volta?, da diretora Anna Muylaert, será o representante brasileiro no Oscar 2016. O longa foi escolhido pela Comissão Especial de Seleção do Ministério da Cultura (MinC) para concorrer a uma vaga na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (10) pelo ministério da cultura.

A trama acompanha a pernambucana Val (Regina Casé), que se muda para São Paulo a fim de dar melhores condições de vida para sua filha Jéssica. Com muito receio, ela deixou a menina no interior de Pernambuco para ser babá de Fabinho, morando integralmente na casa de seus patrões. Treze anos depois, quando o menino (Michel Joelsas) vai prestar vestibular, Jéssica (Camila Márdila) lhe telefona, pedindo ajuda para ir à São Paulo, no intuito de prestar a mesma prova. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente, como não deveria, a situação se complica.

Além do filme selecionado, concorreram à indicação os seguintes longas: A história da eternidade, de Camilo Cavalcante; Alguém Qualquer, de Tristan Aronovich; Campo de Jogo, de Eryc Rocha; Casa Grande, de Fellipe Barbosa; Entrando Numa Roubada, de André Moraes; Estranhos, de Paulo Alcântara; e Estrada 47, de Vicente Ferraz.

O crítico de cinema Rodrigo Fonseca, membro da Comissão Julgadora, justificou o porquê da indicação do filme e sobre como ele reflete uma nova realidade vivida no Brasil. “Sobre a linguagem, o que este filme faz é mostrar como fica o afeto dessas classes (domésticas e empregadores). Nesse ponto, ele é um filme muito singular. Uma das coisas ditas na reunião é que esse filme consegue discutir a questão econômica e política e falar desse arranjo social sem fazer discurso, sem fazer plenária. Ele não é um panfleto. O filme fala de afeto que também levanta os tópicos sociais”, contou ele.

Que Horas Ela Volta? foi lançado no dia 27 de agosto e ganhou prêmios nos festivais de Sundance e Berlim. Além disso, teve os direitos de distribuição vendidos para mais de 20 países. Agora, o filme passará agora pela avaliação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que selecionará nove produções estrangeiras, considerando os pré-indicados. Desse grupo, saem os cinco finalistas. A última vez que o Brasil foi indicado na categoria de Melhor Filme Estrangeiro foi em 1999, com o filme Central do Brasil.

Fonte: Assessoria de Imprensa Ministério da Cultura 

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