Exibição digital





Rede de cinemas investe digitaliza a exibição de todas as suas salas.

A rede de cinemas Cinépolis, segunda maior operadora de cinema do Brasil, anunciou recentemente a digitalização total de todas as suas salas no Brasil, alcançando o objetivo de ser a única rede até o momento que trabalhe com 100% da exibição digital na América Latina.

De acordo com o comunicado oficial divulgado pela rede, “o formato digital tem benefícios importantes para o espectador: a imagem padrão perfeita, é muito superior ao HD na televisão, e sem o desgaste que tem uma impressão 35 milímetros, maior brilho, alta definição e saturação de cor , som digital de alta fidelidade (som digital biamplificado) eliminando diferenças entre áudio e vídeo e a capacidade de exibir conteúdo alternativo, como esportes, ópera e concertos, tanto ao vivo e pré-gravados, tanto 3D como 2D, dublado ou legendado”.

A Cinépolis foi apenas a primeira a completar esse processo, que logo se estenderá para todas as outras grandes redes. No próprio comunicado eles falam que “o investimento na digitalização é significativo, mas é uma iniciativa fundamental para toda empresa exibidora que queira se manter atuando no setor”. E isso é verdade, por uma questão mercadológica: a exibição digital faz mais sentido para o exibidor. Não existe o processo de manipulação da película, nem precisa se preocupar com o transporte ou desgaste da mesma.

O arquivo digital não corrói e nem envelhece. Recentemente, uma pesquisa feita pela Biblioteca do Congresso dos EUA apurou que mais de dois terços dos filmes mudos produzidos no país se perderam devido ao desgaste. Com o digital isso não acontece. Mesmo assim, é fato que amantes do cinema preferem assistir a um filme em película, prática essa que parece que vai ficar cada vez mais rara daqui para frente.

A “briga”, nesse sentido, é quase a mesma da dos cineastas que ainda preferem trabalhar com película e não com digital. É a sensação nostálgica de se trabalhar com algo físico, com a película que queima a cada take e forma a imagem. E vale destacar que se até o cineasta Martin Scorsese – grande defensor da película – se rendeu ao digital em seu novo filme, O Lobo de Wall Street, isso prova que o cinema digital é algo que, para o bem ou para o mal, veio pra ficar.