Minhas piores experiências na sala de cinema

Olá. Resolvi compartilhar com vocês alguns dos piores problemas que já aconteceram comigo numa sala de cinema.

Se você vai no cinema com uma certa frequência, acredito que já tenha se deparado com alguma dessas situações – ou com todas!

  • Pessoas conversando
  • Pessoas no celular durante o filme
  • Problemas na projeção
  • Problemas na própria sala de cinema.

Esse tipo de situação tem se tornado cada vez mais frequente, o que faz com que a experiência de ver um filme na sala de cinema seja muito prejudicada.

Mais do que um registro masoquista de experiências ruins, porém, eu também vou passar algumas dicas sobre como tentar evitar esses problemas.

Algumas informações importantes antes de começarmos

Acho importante fazer alguns esclarecimentos. O primeiro deles é que, para mim, assistir a um filme no cinema é um ritual quase religioso.

Pense bem. Você sai de casa com o intuito de ir assistir a um filme no cinema. Tem um local específico e hora para começar.

As luzes se apagam, e sua concentração está toda voltada para a tela gigante à sua frente. Ou ao menos era isso que deveria acontecer, não é mesmo?

Mas nem sempre é o que acontece.

Quem sente esse respeito pela sala de cinema é constantemente abatido pela dessacralização cometida por outras pessoas ou mesmo pelo descaso de algumas redes exibidoras.

O outro ponto que eu queria destacar, e que talvez já tenha ficado claro, é este: eu sou bem chato.

Como disse antes, respeito muito a experiência e, com os preços exorbitantes que são cobrados pelos ingressos, me sinto no direito de exigir uma sessão perfeita quando vou ao cinema.

Se o filme for ruim, tudo bem, não ligo. Se a projeção for ruim, fico muito indignado.

O estúdio tem direito de fazer um filme ruim, afinal ele não usou o meu dinheiro para isso. Mas a rede exibidora tem a obrigação de me proporcionar a melhor experiência possível.

Nessa minha chatice, também quero que todo mundo tenha o mesmo respeito que eu tenho pela sala/templo. Então, eu me incomodo com qualquer barulho, conversa, mastigada, tosse, etc.

Uma última observação que acho importante de ser feita é que por mais que eu tenha dividido essa lista em tópicos, as situações listadas abaixo não são mutualmente excludentes.

Elas podem se misturar, e muitos vezes se misturam, para meu desespero.

Uma vez que tudo isso tenha ficado claro, passemos então às minhas péssimas experiências, começando com

Pessoas conversando durante o filme

Garota conversando no celular na sala de cinema, incomodando as pessoas à sua volta.

Isso com certeza é o que mais me incomoda quando vou ao cinema. Se você que está lendo este texto costuma conversar durante o filme, não o faça. É muito irritante.

A analogia religiosa também se encaixa aqui. Pense na sala de cinema como se fosse uma igreja. Você não ficaria conversando lá, não é mesmo?

Tive inúmeras experiências em que cheguei a me estressar com essas conversas. E olhe que sou adepto do “shhhhh!” quando necessário.

Muitas vezes isso funciona, a pessoa se toca que ela está incomodando. Mas nem sempre. Tem uns folgados que simplesmente ignoram, fingem que não é com eles e continuam de papo.

E quando é apenas uma pessoa, você consegue reclamar com a gerência, por exemplo, embora eu não goste de sair da sala a não ser que seja extremamente necessário.

Em muitos casos, eu consigo aturar até o final da projeção. Mas tive algumas experiências que beiravam o insuportável.

Vou compartilhar duas com vocês. Em uma eu aguentei até o final, na outra não.

Quando eu fiquei na sala de cinema

O primeiro caso foi numa sessão do terror Chernobyl. Trata-se de um filme rodado no formato found footage, o que por si só já é um problema para ver na sala de cinema.

Não sei se isso acontecia em todos os lugares, mas aqui as pessoas pareciam não saber como lidar com um found footage.

Talvez por parecer uma imagem amadora, que fugia do tradicional, eles pensassem que também não precisavam se comportar da maneira tradiconal.

Nessa sessão em específico, o público inteiro ficou conversando durante todo o filme.

Eu sei que pode parecer exagero, mas não é. Nos momentos de maior tensão, até havia um pouco de silêncio, mas, nas partes em que “não acontecia nada”, era conversa o tempo inteiro.

Nesse caso, eu saí da sala ao final da sessão, encontrei o gerente e relatei o ocorrido.

O gerente, muito educado, falou que eu deveria ter falado algo durante o filme, afirmando que eles não toleram esse tipo de comportamento.

Segundo ele, o cinema prefere devolver o dinheiro do ingresso a permitir esse tipo de comportamento dentro da sala.

O problema é que eu parecia ser o único incomodado com aquela situação. Mais ninguém parecia se importar.

A solução mais plausível parecia ser me tirar da sala. Ao menos seria mais econômico do que exibir o filme só pra mim (embora eu preferisse isso, é claro).

Quando eu saí da sala de cinema

Situação similar aconteceu na sessão de Wolverine – Imortal (parece haver uma conexão entre a qualidade dos filmes e a qualidade da sessão, não é mesmo?).

Neste caso, a sala estava cheia, o que já me deixa nervoso por antecipação. Antecipação que, neste caso, se concretizou.

Após uns quase 20 minutos de trailers e propagandas, as conversas não pareciam se esgotar, e continuaram filme adentro.

Fiquei incomodado, pedi silêncio. Nada.

Mais uma vez eu era um dos únicos da sala que parecia se importar com isso. Todos estavam bem à vontade, juntando-se à conversa.

Nesse caso, não consegui aguentar. Após 15 minutos de filme, desisti. Saí, chamei o gerente, expliquei-lhe a situação.

“É legendado?”, perguntou ele, como se isso oferecesse alguma explicação plausível.

E depois de eu responder afirmativamente, ele completa com o absurdo: “isso sempre acontece em filmes legendados”.

Sempre? Isso sempre acontece? Se isso sempre acontece, não deveria ser feito algo a respeito disso?

Enfim, pedi meu dinheiro de volta, e minha indignação só aumentou quando ele disse que não poderia devolver, pois havia um tempo limite para desistência.

O tempo, por sinal, era menor do que a duração dos trailers e propagandas.

Ou seja, eu teria que adivinhar que as pessoas não iriam calar a boca mesmo após o início da exibição e sair com antecedência.

O gerente ainda me ofereceu um ingresso cortesia, para que eu voltasse em outra sessão (de que adianta, se isso acontecesse sempre?).

Aceitei o ingresso, mas fiz questão de dizer-lhe que nunca mais pisaria os pés naquele estabelecimento.

É claro que não cumpri a minha promessa, mas me senti bem em tirar a indignação do meu peito.

Ainda mais para alguém que admite que isto é um problema frequente e não faz nada para resolvê-lo.

Outros casos

Ainda tive diversas outras situações desagradáveis. Numa sessão de Missão Impossível: Efeito Fallout, uma mulher não parava de tossir (e como a tosse não se categoriza como uma conversa, não dá pra pedir silêncio).

Ainda mais incômodo, porém, foi a sessão do terror A Bruxa, na qual uma plateia desavisada parecia ter ido ao cinema esperando uma sequência de sustos, em vez do pavor que o filme oferece.

Como os sustos não vieram, a reação causada pelo pavor foi outra: o riso. Uma mulher no meu lado gargalhava alto ao final de todas as cenas tensas do filme.

Inclusive, eu falo um pouco sobre esse efeito de tensão que o filme causa na minha crítica de A Bruxa. Para acessá-la, clique aqui.

Ainda assim, não vou me estender demais nessas situações, porque ainda tem muita coisa que incomoda nas salas de cinema.

E outro grande problema são as próprias salas, conforme falarei a seguir.

Problemas de projeção na sala de cinema

Como eu disse antes, a sala de cinema não tem a menor obrigação de exibir um filme bom – embora um pouco mais de tato na hora de selecionar a programação não faria mal a ninguém.

Mas eles têm obrigação de fornecer a melhor experiência possível. Se o filme for bom e a projeção também, ótimo. O filme ruim e a projeção ótima, tudo bem também.

Mas não há situação em que se justifique uma projeção ruim, ou problemas de som, ou mesmo problemas com o espaço físico e planejamento da sala.

E minha “sorte” recente parece ter me atraído a problemas constantes de projeção que prejudicam, e muito, a experiência cinematográfica.

Antes de entrarmos em detalhes sobre os problemas enfrentados, vale destacar que quando me refiro a problemas ide projeção, refiro-me principalmente às grandes redes de cinema.

Ou seja, estou falando dos multiplexes localizados em shoppings, aqueles que cobram valores absurdos pelos ingressos e pelas pipocas (que eu nunca compro).

Já participei de sessões de cineclubes cujas projeções apresentavam problemas. Mas aqueles eram espaços improvisados, cumprindo um propósito diferente.

Da mesma maneira, já estive presente em sessões que começaram a exibir um filme sem legendas, mas o erro foi consertado, o filme voltou ao início e tudo ficou normal.

Problemas resolvidos são diferentes de problemas que persistem.

Novamente vou destacar duas situações que tiveram resultados diferentes, começando por

Quando eu fiquei na sala de cinema

Um caso curioso aconteceu numa sessão recente de Capitã Marvel. Desde o início dos trailers notei uma coloração estranha na tela. A imagem estava amarelada.

Saí da sala e procurei um funcionário do cinema para informar sobre o que estava acontecendo. Ele falou que já ia entrar na sala para ver.

Depois de um tempo, ele entrou na sala junto de um colega. Os dois olharam para a tela por um tempo, e depois me chamaram. Fui até lá para ver se eles tinham chego à mesma conclusão que a minha.

Mas a explicação que recebi foi bizarra.

Segundo eles, a imagem poderia estar passando a “impressão” de estar amarelada porque, como o filme ainda não tinha começado, as luzes laterais estavam acesas.

Nem entrei no mérito que as luzes não iluminavam a tela inteira, apenas uma parte dela, e que mesmo nas áreas não iluminadas, o problema persistia.

Em vez disso, avisei – com um certo tom de arrogância, assumo – que eu vinha ali toda semana, e que a luz sempre estava acesa antes do filme, mas que a imagem nunca ficava daquele jeito.

Eles me pediram para esperar o filme começar e verificar se, com as luzes apagadas, o problema persistiria (é claro que persistirá!).

Esperei então. E o problema persistiu.

Depois de um tempo, os dois funcionários saíram e foram substituídos por outro, que logo reconheci como sendo o gerente.

Desci novamente, perdendo mais uma parte do filme. Expliquei-lhe o que eu havia explicado aos funcionários.

Ele logo concordou comigo. Falou algo sobre as configurações estarem trocadas.

Perguntei se havia algo a ser feito. Ele disse que a única opção era reiniciar o projetor, mas isso seria um processo muito lento, talvez mais lento do que a duração do filme.

Percebendo que não tinha o que fazer, voltei para o meu lugar. Tentei acostumar-me com a ideia de ter que aturar o filme daquela maneira.

Por sorte, depois de um tempo a imagem melhorou. Talvez alguém tenha consertado as configurações, talvez elas tenham se consertado sozinhas.

Ou talvez alguém deu um chute no projetor e ele pegou no tranco.

Só sei que a imagem voltou ao normal, mas não houve qualquer menção a retornar o filme ao início.

Foi como se nada tivesse acontecido.

Mas se nesse caso eu pude ao menos aproveitar o restante do filme, o mesmo não ocorreu em outros casos. Como

Quando eu saí da sala de cinema

Quando tentei ver o terror Escape Room, por exemplo, notei uma peculiaridade no som. Uns “estalos” que aconteciam a cada dez segundos, mais ou menos.

A princípio, pensei que se tratasse de algo do próprio filme. Aguentei durante toda a cena inicial, esperando que o irritante barulho parasse, mas não parou.

E na cena seguinte, concluí que não se tratava de algo do filme, mas de um problema na projeção.

Percebendo isso, mais uma vez saí da sala e chamei o gerente. Expliquei-lhe o problema, ele me acompanhou de novo para o interior da sala.

Em poucos segundos, ele também percebeu o problema. Porém, deixou claro que não havia nada que pudesse fazer naquele momento.

Eu disse que não tinha condições de ver o filme, e perguntei se poderia entrar em outra sala, para ver o drama Guerra Fria.

Ele concordou. Não entrei no mérito de que o ingresso que paguei para ver o Escape Room numa sala VIP era mais caro do que o de Guerra Fria, exibido numa sala comum.

Não pensei nisso. Só queria ver um filme. Entrei na sala e, adivinhem? TINHA PROBLEMA NO SOM!

Sim, parecia que eu estava sendo perseguido pelos fantasmas dos problemas de projeção.

Nesse caso, porém, o problema era diferente, e um pouco mais tolerável.

Sabe quando você liga uma guitarra num amplificador, e o aparelho fica fazendo um barulho grave que só some quando se começa a toca a guitarra? Era mais ou menos isso que acontecia.

Por sorte, este problema foi resolvido de alguma maneira depois de uns 15 minutos de projeção, e o restante do filme correu sem maiores imprevistos.

Outros problemas técnicos

Quando fui assistir ao drama Querido Menino, me deparei com um problema diferente, ainda que novamente relacionado ao som.

Eu ouvia um barulho inconstante, que me incomodava demais. Pensei que fosse uma caixa de som estourada.

Cheguei a tapar meu ouvido direito para bloquear o som que vinha daquele lado, mas isso não deu certo.

Mudei de lugar. Fui para o início da fileira para me afastar daquela caixa de som. Mas isso não ajudou. Quando não aguentava mais, resolvi mudar de fileira.

Fui lá para o fundo da sala, algo que nunca faço (gosto de sentar bem na frente). Chegando lá, percebi duas coisas:

  1. o barulho continuava me incomodando,
  2. não era problema na caixa de som.

Na verdade, o que estava acontecendo era um problema no sistema de ar condicionado da sala.

Precisando urgentemente de manutenção, o aparelho estava um pouco “solto”. E quando o ar passava pelas palhetas, estas emitiam um rangido.

Percebendo isso, também percebi que não haveria nada que pudesse ser feito. Tentei aproveitar o máximo que podia do filme, mas isso não deu muito certo.

Uma vez que você identifica um barulho, fica difícil deixar de prestar atenção nele.

Não apenas aquele som dissonante ficou na minha mente durante toda a projeção.

De novo, fui falar com o gerente. Ele disse que uma empresa estava fazendo a manutenção no ar-condicionado de cada uma das salas, mas ainda não tinha chegado naquela.

Com a minha reclamação, ele colocaria aquela sala na lista de prioridades.

Saí de lá com mais um filme ruim na conta e com uma baita dor de cabeça.

Ainda assim, esta foi uma pequena falha, mais fácil de ser resolvida dos que os problemas que citarei a seguir.

Problemas na arquitetura e decoração da sala de cinema

Interior de pequena sala de cinema

Ok, isso é relativamente menos comum do que os itens anteriores, mas nem por isso é menos incômodo.

Foram poucos os casos em que me deparei com situações relacionadas à estrutura ou decoração de uma sala de cinema, mas todos foram desagradáveis. A começar por um envolvendo a

Decoração

Como se sabe – ou menos, se deveria saber – o interior de uma sala de cinema é um espaço neutro.

Trata-se de um espaço desenhado para que causar total imersão do espectador no conteúdo exibido na tela.

A ideia é que, quando as luzes se apaguem, a única luz visível seja aquela refletida na tela. Mas nem sempre é isso que acontece.

Além dos engraçadinhos que, por algum motivo, gostam de tirar fotos dentro do cinema, atrapalhando todos à sua volta, outro problema que notei foi relacionado à decoração do interior da sala.

Uma determinada sala aqui da cidade tem o seu interior todo decorado com cartazes de filmes.

Colocados nas paredes em molduras bonitas, os cartazes deixam o ambiente muito mais atraente quando as luzes estão acesas. O problema é quando elas se apagam.

Por ser uma sala de pequeno porte, não há muita distância entre a tela e a parede lateral.

Desta forma, a luz refletida na tela se reflete também nos cartazes que estão ao lado, e a luz refletida nos cartazes se reflete em outros cartazes, e assim por diante.

O resultado? Uma sala extremamente iluminada, mesmo com as luzes apagadas.

Para se ter uma ideia da situação, em diversos momentos durante a projeção eu olhava para trás para verificar se a porta estava aberta ou a luz acesa.

De novo, aparentemente só eu me incomodo com isso. Ninguém mais parece se importar. O cinema é muito bem-sucedido e tem um público cativo.

Isolamento acústico

A imersão que eu tanto prezo quando vou ao cinema também pode ser afetada por problemas externos à sala, mas que se acentuam devido à falta de planejamento arquitetônico.

Afinal, uma exigência da sala de cinema é que ela tenha um bom isolamento acústico, seja para que o som de uma sala não passe para a outra ou para que os sons de fora não cheguem dentro da sala.

E isso é essencial, embora nem sempre aconteça.

Um caso “especial” aconteceu comigo quando estava visitando a minha mãe na minha cidade natal. Certa noite, decidi ir no cinema.

Escolhi uma quarta-feira, porque achei que seria o dia de menor movimento na sala – falarei mais sobre a escolha dos dias no final do post.

Também escolhi o último horário, tanto pela possibilidade de a sala estar mais vazia quanto pelo fato de que era o único horário em que o filme que eu queria ver (A Morte Lhe Dá Parabéns 2) estava sendo exibido legendado.

Tudo planejado para que eu tivesse a melhor experiência possível.

De fato, o cinema estava bem vazio, mas isso não me proporcionou uma boa experiência.

Acontece que, durante todo aquele mês, o shopping da cidade estava com uma programação especial.

Todas as quartas-feiras aconteceria uma apresentação diferente na praça de alimentação – que fica ao lado do cinema.

As apresentações poderiam ser shows de humor, palestras ou, como foi o caso deste em específico, um show de samba.

Isso mesmo! Um show de samba estava acontecendo na praça de alimentação ao lado do cinema.

Ainda assim, o isolamento acústico da sala deveria dar conta de… bom, de isolar acusticamente o ambiente, não é mesmo?

Sim… deveria.

Ao entrar na sala, porém, eu percebi que isso não estava acontecendo. Eu podia escutar tudo o que estava sendo tocado lá fora.

Saí para falar com um funcionário. Expliquei-lhe o ocorrido e ele me questionou em qual sala que eu estava. Eu disse o número da sala.

Ele me respondeu que todas as salas do cinema contam com um sistema de portas duplas, desenhadas para isolar o máximo de som externo possível.

Ou seja, existe uma porta de saída da sala, um corredor, e então outra porta, que dá para o interior do shopping.

Ambas portas são portas acústicas, proporcionando assim uma melhoria no isolamento.

Todas as salas tem isso, menos a sala onde eu estava.

Aquela era a única sala em que havia apenas uma porta separando o interior da sala DO AMBIENTE MAIS BARULHENTO DO SHOPPING!

O funcionário sugeriu que eu fizesse uma reclamação à administração do shopping, falando de como essa apresentação musical estava me atrapalhando.

Mas isso me pareceu uma forma de colocar a culpa apenas no shopping, isentando a rede de cinema da sua responsabilidade para com a estrutura da sala.

Por sorte o show acabou depois de uns 30 ou 40 minutos de filme, e pude aproveitar o restante do filme em silêncio.

Não tive tempo de fazer a reclamação depois. Como era a última sessão, o guichê de informações e reclamações estava fechado.

Além do mais, dificilmente vão deixar de realizar um evento para mais de 100 pessoas só pra agradar uma única pessoa que reclamou do barulho.

O mais fácil seria a rede de cinema cancelar as suas exibições nestes nos horários específicos das apresentações. Ao menos naquela sala sem isolamento.

E proporcionar o equipamento próprio para isso. Afinal, isso é responsabilidade deles, e não do shopping.

Como evitar problemas na sala de cinema

Garota sozinha na sala de cinema comendo pipoca

Então, estes foram apenas alguns dos problemas que enfrentei ao longo da minha vida cinéfila. Ainda tiveram inúmeros casos de situações similares.

Teve, por exemplo, a mulher que, literalmente, não parou de comer durante as quase duas horas de um filme.

Sinceramente não sei como alguém não se cansa de mastigar depois de tanto tempo.

Em outras ocasiões, tive problemas com os próprios funcionários dos cinemas, que muitas vezes abrem as portas antes do final da sessão (portas estas localizadas bem abaixo da tela) e ficam conversando em voz alta.

Mas em vez de ficar me estendendo em mais relatos, prefiro compartilhar com vocês algumas das minhas estratégias para evitar esses problemas.

E as minhas dicas são:

Reclame

Reclame sempre. Reclame para as pessoas que estão incomodando. Ao menos com o “shhhhh!”. Isso resolve em muitos casos.

Mas, principalmente, reclame com o gerente. Ele está lá para garantir que você tenha a melhor experiência possível.

E se isso não está acontecendo, você tem o direito de reclamar.

Mas lembre-se de ser educado. O gerente não é o seu saco de pancadas. Converse com ele numa boa e tente encontrar uma solução.

Sente-se nas fileiras da frente

Uma coisa que eu notei ao longo dos anos é que as pessoas que mais conversam durante o filme são as que costumam se sentar mais para trás.

Isso não é uma regra, mas é algo que costuma acontecer. Então, ao se sentar mais para frente, você já estará colocando distância dos conversadores.

Pessoalmente, eu procuro sentar bem na frente, tipo na fileira C (sim, bem na frente!). Aprendi que existem diversas vantagens nisso.

Além dessa questão da distância, as fileiras da frente proporcionam uma imersão que não acontece no fundo da sala.

A tela ocupa quase todo o meu campo de visão, permitindo que eu mergulhe no filme.

Mais ao fundo, eu sinto como se estivesse vendo o filme numa TV bem grande. Não é a mesma coisa.

Escolha bem o horário sessão

Isso é um pouco mais difícil para quem não tem tanta liberdade de horários. Por sorte, eu tenho, então posso evitar ir ao cinema nos finais de semana, por exemplo.

Minha preferência é pegar um cinema numa quarta-feira, no primeiro horário– antes das 14h se for possível. As últimas sessões também funcionam, aquelas depois das 22h.

Eu sei que não é todo mundo que tem a oportunidade de pegar um cinema nesses horários, mas se você conseguir trocar o final de semana por um dia durante a semana, já vai sentir a diferença.

Ah, e evite aqueles dias de ingressos promocionais. É preferível pagar dois ou três reais mais caro do que ir num dia de promoção e correr o risco de pegar uma sala cheia.

Preste atenção na sala que você vai

Sempre que eu noto um problema na projeção ou na estrutura de uma determinada sala, eu procuro evita-la, ao menos até que o problema seja resolvido.

No caso daquela sala com a decoração do lado de dentro, a minha solução foi parar de frequentá-la, a não ser em casos muito específicos – como quando um filme que eu quero ver só está passando lá.

Já nos casos em que você notou algum problema específico – como o do ar condicionado –, espere um pouco. Dê tempo para o problema ser resolvido e depois volte.

Conclusões

Embora as comodidades dos serviços de streaming tenham feito maravilhas para a nossa vida, a sala de cinema ainda resguarda aquele ar quase sagrado.

O filme foi feito para ser uma experiência imersiva, vista na tela grande. A experiência em casa até pode ser boa – acredito que ninguém duvide disso –, mas certamente é uma experiência distinta.

Continue indo ao cinema. Apenas preste atenção a estas dicas.

Espero que vocês tenham gostado desse post e, caso queira manter a conversa andando, deixe as suas experiências no campo de comentários abaixo.

Eu quero saber se vocês também enfrentam esse tipo de problema. E se reclamam com o gerente ao final da sessão.

É bom saber que não estou sozinho nisso.