Filme justifica as indicações das atrizes ao Oscar, e só.
Sinopse: História real da vida patinadora no gelo Tonya Harding (interpretada por Margot Robbie) desde a infância, passando pela relação complicada com a mãe (Allison Janney), o relacionamento abusivo com o primeiro marido (Sebastian Stan), culminando na polêmica da década de 1990, quando foi acusada de agredir uma rival para tirá-la da competição.
Resenha: Tratando o caso ocorrido em 1994 como um fato de conhecimento público, o filme negligencia alguns atores principais dessa polêmica, como a vítima, enquanto da importância desnecessária para o personagem de Bobby Cannavale, que só está ali para reafirmar o óbvio. O diretor Craig Gillespie opta por um estilo metalinguístico (com os personagens dando os seus depoimentos sobre o ocorrido e falando diretamente para a câmera) e um ritmo frenético, que por sua vez pode ser relacionado com a velocidade do esporte desempenhado pela protagonista. Porém, enquanto Gillespie demonstra criatividade e precisão nas cenas no gelo, no resto esse mesmo ritmo e esse mesmo estilo soam como uma tentativa de chamar atenção para si, afastando o espectador daquela história – ao contrário de traze-lo para intimidade, como o título sugere. Margot Robbie e Allison Janney são um espetáculo à parte, mas é uma pena que o resto do show não mantenha a qualidade.
FICHA TÉCNICA:
Título: Eu, Tonya
Direção: Craig Gillespie
Roteiro: Steven Rogers
Elenco: Margot Robbie, Sebastian Stan, Allison Janney.
Gênero: Drama/Comédia⠀
País: EUA
Ano: 2017
Título original: I, Tonya
Nota: ⭐⭐