Principal
nome do cinema iraniano, Abbas Kiarostami recentemente resolveu sair do seu
país de origem e explorar o mundo. A primeira parada foi na Itália, onde rodou
“Cópia Fiel” em 2010, e agora é a vez do
cineasta expor seu estilo no Japão. O país oriental é palco e personagem do
novo e intimista longa do diretor, “Um
Alguém Apaixonado”.
nome do cinema iraniano, Abbas Kiarostami recentemente resolveu sair do seu
país de origem e explorar o mundo. A primeira parada foi na Itália, onde rodou
“Cópia Fiel” em 2010, e agora é a vez do
cineasta expor seu estilo no Japão. O país oriental é palco e personagem do
novo e intimista longa do diretor, “Um
Alguém Apaixonado”.
Escrito
pelo próprio Kiarostami, o roteiro acompanha um dia na vida de uma prostituta (Rin
Takanashi, lindíssima), começando quando ela é convencida pelo “patrão” a
aceitar um trabalho envolvendo um simpático velhinho (Tadashi Okuno) que mora
fora da cidade. É claro que isso é só o começo da trama, que ainda envolve um
namorado ciumento (Ryo Kase) e alguns segredos do passado.
pelo próprio Kiarostami, o roteiro acompanha um dia na vida de uma prostituta (Rin
Takanashi, lindíssima), começando quando ela é convencida pelo “patrão” a
aceitar um trabalho envolvendo um simpático velhinho (Tadashi Okuno) que mora
fora da cidade. É claro que isso é só o começo da trama, que ainda envolve um
namorado ciumento (Ryo Kase) e alguns segredos do passado.
Apresentando
um ritmo bastante lento, o diretor toma o tempo necessário no desenvolvimento
das ações, como se cada cena fosse um filme separado. Sendo assim, cada
sequência é explorada à exaustão, utilizando de maneira extensa tanto os diálogos
quanto os silêncios. E é principalmente nos silêncios que Kiarostami melhor
desenvolve os seus personagens, como o olhar da protagonista dentro do táxi ou o fato do cliente ficar tão preocupado e se
importar tanto em cuidar da garota – algo que o diálogo final com a vizinha até
apresenta uma possível explicação, mas, obviamente, sem entrar em muitos
detalhes.
um ritmo bastante lento, o diretor toma o tempo necessário no desenvolvimento
das ações, como se cada cena fosse um filme separado. Sendo assim, cada
sequência é explorada à exaustão, utilizando de maneira extensa tanto os diálogos
quanto os silêncios. E é principalmente nos silêncios que Kiarostami melhor
desenvolve os seus personagens, como o olhar da protagonista dentro do táxi ou o fato do cliente ficar tão preocupado e se
importar tanto em cuidar da garota – algo que o diálogo final com a vizinha até
apresenta uma possível explicação, mas, obviamente, sem entrar em muitos
detalhes.
Nos
quesitos técnicos, Um Alguém Apaixonado
se mostra impecável, seja na direção de arte (com o apartamento abarrotado de
livros), na fotografia (onde Tóquio é vista através dos reflexos nos vidros dos
carros) e no design de som (que une diversos ruídos na cena final para ampliar
a angústia dos personagens), tudo é utilizado de maneira primorosa. Já as idas
e vindas do roteiro, principalmente no terceiro ato, e o mencionado ritmo lento
da narrativa acabam prejudicando um pouco o resultado final. Ainda assim, trata-se de um belo filme, digno da filmografia de um grande cineasta.
quesitos técnicos, Um Alguém Apaixonado
se mostra impecável, seja na direção de arte (com o apartamento abarrotado de
livros), na fotografia (onde Tóquio é vista através dos reflexos nos vidros dos
carros) e no design de som (que une diversos ruídos na cena final para ampliar
a angústia dos personagens), tudo é utilizado de maneira primorosa. Já as idas
e vindas do roteiro, principalmente no terceiro ato, e o mencionado ritmo lento
da narrativa acabam prejudicando um pouco o resultado final. Ainda assim, trata-se de um belo filme, digno da filmografia de um grande cineasta.
(Like
Someone in Love – França/Japão – 109 min. – 2012)
Someone in Love – França/Japão – 109 min. – 2012)
Direção: Abbas Kiarostami
Roteiro: Abbas Kiarostami
Elenco: Rin Takanashi, Tadashi Okuno, Ryo Kase, Denden.