É impossível pensar
que um cineasta, no alto de seus 76 anos, que lança um filme por ano, vai
sempre nos apresentar a novos Annie Hall,
A Rosa Púrpura do Cairo, Match Point ou mesmo Meia-Noite em Paris. Em sua maioria, os filmes de Woody Allen imprimem o
estilo característico do diretor, mas não se tornam memoráveis como os exemplos
citados acima. Para Roma Com Amor é
o seu mais recente trabalho, que chega aos cinemas brasileiros nesse fim de
semana.
que um cineasta, no alto de seus 76 anos, que lança um filme por ano, vai
sempre nos apresentar a novos Annie Hall,
A Rosa Púrpura do Cairo, Match Point ou mesmo Meia-Noite em Paris. Em sua maioria, os filmes de Woody Allen imprimem o
estilo característico do diretor, mas não se tornam memoráveis como os exemplos
citados acima. Para Roma Com Amor é
o seu mais recente trabalho, que chega aos cinemas brasileiros nesse fim de
semana.
Continuando o seu
“passeio” pela Europa, o cineasta faz mais uma vez uma declaração de amor à
cidade que dá título ao longa – com direito a passeios culturais e imagens que
parecem ter saído de cartões postais – ao mostrar diversas histórias separadas,
que acontecem em tempos distintos, cuja única ligação é o local aonde se
passam. As diversas tramas abordam temas como fama, adultério, culpa e outras
neuroses características do diretor.
“passeio” pela Europa, o cineasta faz mais uma vez uma declaração de amor à
cidade que dá título ao longa – com direito a passeios culturais e imagens que
parecem ter saído de cartões postais – ao mostrar diversas histórias separadas,
que acontecem em tempos distintos, cuja única ligação é o local aonde se
passam. As diversas tramas abordam temas como fama, adultério, culpa e outras
neuroses características do diretor.
Temos o ilustre
desconhecido (Benigni) que se torna celebridade da noite para o dia sem motivo
algum; a mulher (Mastronardi) que se perde e não consegue voltar para o hotel
onde o marido (Tiberi) a espera – enquanto esse enfrenta confusões próprias
quando uma prostituta (Cruz) se passa por sua esposa –; o famoso arquiteto (Baldwin)
que se encontra com um jovem estudante (Eisenberg) e começa a observar (e
opinar) a vida dele quando uma amiga de sua namorada (Page) vem passar uns dias
na casa deles; e o casal (Allen e Davis) que vai até a cidade para conhecer a
família do noivo de sua filha.
desconhecido (Benigni) que se torna celebridade da noite para o dia sem motivo
algum; a mulher (Mastronardi) que se perde e não consegue voltar para o hotel
onde o marido (Tiberi) a espera – enquanto esse enfrenta confusões próprias
quando uma prostituta (Cruz) se passa por sua esposa –; o famoso arquiteto (Baldwin)
que se encontra com um jovem estudante (Eisenberg) e começa a observar (e
opinar) a vida dele quando uma amiga de sua namorada (Page) vem passar uns dias
na casa deles; e o casal (Allen e Davis) que vai até a cidade para conhecer a
família do noivo de sua filha.
Utilizando
elementos clássicos de sua filmografia – como referencias a arte, música
clássica, etc – e diálogos hilários (“Eu
tenho 150, 160 de QI.” “Você está calculando em euros. Em dólares é
menos.”), Allen cria uma narrativa leve e descontraída, cujo maior problema
reside no fato de que algumas dessas histórias são mais interessantes do que as
outras. Enquanto uma arranca gargalhadas – o cantor de chuveiro –, outra é
arrastada e um tanto enfadonha – o caso da mulher com o ator famoso. Além disso,
o seguimento do jovem gradativamente sucumbindo ao adultério deixa um gostinho
de que merecia um filme próprio.
elementos clássicos de sua filmografia – como referencias a arte, música
clássica, etc – e diálogos hilários (“Eu
tenho 150, 160 de QI.” “Você está calculando em euros. Em dólares é
menos.”), Allen cria uma narrativa leve e descontraída, cujo maior problema
reside no fato de que algumas dessas histórias são mais interessantes do que as
outras. Enquanto uma arranca gargalhadas – o cantor de chuveiro –, outra é
arrastada e um tanto enfadonha – o caso da mulher com o ator famoso. Além disso,
o seguimento do jovem gradativamente sucumbindo ao adultério deixa um gostinho
de que merecia um filme próprio.
É essa
dissonância de qualidades acaba prejudicando o resultado final. Ainda que não
se trate de um novo clássico, Para Roma
Com Amor é um belo trabalho, acima da média se contar os recentes Tudo Pode dar Certo e Você Vai Conhecer o Homem de Seus Sonhos.
Isso sem falar que ver o veterano diretor interpretando um artista rabugento
com medo de se aposentar já vale o ingresso.
(To
Rome With Love – EUA, Itália, Espanha – 2012 – Comédia – 102 min).
Rome With Love – EUA, Itália, Espanha – 2012 – Comédia – 102 min).
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Woody Allen, Alec
Baldwin, Jesse Eisenberg, Greta Gerwig, Ellen Page, Alison Pill, Flavio
Parenti, Fabio Armiliato, Roberto Benigni, Alessandro Tiberi, Alessandra
Mastronardi, Penelope Cruz, Judy Davis.
Baldwin, Jesse Eisenberg, Greta Gerwig, Ellen Page, Alison Pill, Flavio
Parenti, Fabio Armiliato, Roberto Benigni, Alessandro Tiberi, Alessandra
Mastronardi, Penelope Cruz, Judy Davis.